lundi 13 janvier 2014

Inégalités sociales au Brésil et jobs sous-qualifiés

Ce qui peut choquer l’étranger qui arrive au Brésil, ce sont les inégalités sociales bien visibles par la pauvreté dans la rue, dans les favelas, les divers travailleurs sous-qualifiés qui parcourent les rues des grandes villes.

Le Brésil est malheureusement un des pays qui présente un des taux d’inégalités sociales les plus importants au monde, où les pauvres sont toujours plus misérables et où les riches sont toujours plus puissants.

L’indice de Gini est très utilisé pour mesurer les inégalités salariales, et donc la redistribution des richesses. Le résultat du coefficient varie de 0 à 1, où 0 est l’égalité parfaite et où 1 l’inégalité totale. Les taux les plus bas (0,2-0,3) d’inégalités sociales se retrouvent dans les pays du Nord et de l’Est de l’Europe (la France ne fait pas partie des meilleurs élèves). Les pires (0,5-0,6) se retrouvent en Afrique du Sud e dans divers pays d’Amérique du Sud comme le Brésil, la Bolivie, le Chili, la Colombie, le Paraguay, ou encore le Pérou.

Les travailleurs de rue représentent une partie bien importante de l’économie informelle du Brésil, et même de survie. En France, on pourrait les comparer par exemple aux vendeurs ambulants de fleurs, venant principalement du Pakistan ou d’Inde, qui parcourent les restaurants des grandes villes à l’heure du dîner.


Ramasseurs de cartons et leurs charrues...
Centre de Belo Horizonte (MG)











Ici, en vrac, j’indique quelques exemples d’emplois sous-qualifiés visibles au Brésil :
-        les ramasseurs de canettes en aluminium et de cartons, qui vident les poubelles au beau milieu de la rue pour récupérer les matières premières et les vendre à des coopératives. Cela fait du Brésil le premier pays du monde à recycler son aluminium, retraitant ainsi 95% de ses canettes.  
-     les vendeurs ambulants au feu ou sur la plage, qui proposent des glaces, des boissons et divers en-cas, des vêtements, de l’artisanat, des parasols/parapluies, des bonbons, des chewing-gum, etc.
-          les vendeurs de bonbons, chewing-gum, et hot-dogs à la sortie des discothèques.
-          les vendeurs de pop-corn et autres camelots.
-          les laveurs de voiture.
-          les cireurs de chaussures.
-          les veilleurs de voiture dans la rue, qui peuvent même aider à se garer.
-          les secoueurs de bannières sur les routes, signalisant des travaux sur la voie.
-          les veilleurs à la sortie de certains restaurants, qui contrôlent que chaque client a réglé son addition.
-          les hommes-sandwich faisant de la pub dans la rue ou annonçant les promotions de la boutique du coin de la rue.
-     les personnes qui mettent vos courses dans des sacs à la caisse de certains supermarchés.

Vendeur ambulant d'épis de maïs
sur la plage - Vila Velha (ES)

En France, ce sont des fonctions qui n’existent plus, soit parce que clairement plus personne ne veut les occuper, soit parce que la société n’en a plus besoin, soit que ce sont des entreprises officielles/des machines qui s’en occupent.

Malheureusement, le Brésil peut difficilement se défaire de ces emplois qui occupent une partie importante de la population qui n’a pas de qualification professionnelle ni accès à l’éducation, et qui vit dans les périphéries des grandes villes. Très souvent, ce sont des enfants, des adolescents et des noirs, et cela implique logiquement une relation de cause à effet entre travail des enfants, pauvreté et inégalités sociales.

Au Brésil, il y a tout à faire socialement. Je crois en ce pays qui ne peut qu’aller de l’avant, principalement grâce aux jeunes générations qui voyagent dans le reste du monde, qui étudient à l’étranger, qui reviennent avec un regard nouveau et la volonté d’améliorer leur propre pays.

Brésil… en avant !!!

Sources : wikipedia.fr, banquemondiale.org, cartedumonde.fr, infoescola.com
Photos : archives personnelles.

Merci à Roberta pour sa contribution en relisant ce texte !

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Desigualdades sociais no Brasil e trabalhos desqualificados

O que pode chocar o gringo que acaba de chegar ao Brasil são as desigualdades sociais bem visíveis pela pobreza na rua, as favelas, os vários trabalhadores desqualificados que percorrem as ruas das grandes cidades. 

O Brasil é infelizmente um dos paises que apresenta uma taxa de desigualdade social mais forte do mundo, onde os pobres são cada vez mais miseráveis e onde os ricos são cada vez mais poderosos.

O índice de Gini é muito usado para medir as desigualdades de renda, e então a redistribuição das riquezas. O resuldado do coeficiente varia de 0 a 1, onde 0 é igualdade perfeita e 1 desigualdade total. A taxas mais baixas (0,2-0,3) de desigualdade social se encontram nos paises do Norte e do Leste da Europa (a França não faz parte dos melhores). As piores (0,5-0,6) se encontram na Africa do Sul, e em vários paises da América do Sul como Brasil, Bolivia, Chile, Colombia, Paraguai, ou ainda Peru.

Os trabalhadores de rua representam uma parte bem importante da economia informal do Brasil, até de sobrevivência. Na França, poderiam ser comparados por exemplo com os vendedores ambulantes de flores, vindo principalmente do Paquistão e da India, que rodam os restaurantes das grandes cidades na hora do jantar.

Aqui misturados, coloco exemplos de empregos desqualificados visíveis no Brasil:
- os catadores de latas de bebidas em alumínio e de papelão, que esvaziam o lixo no meio da rua para recolher as matérias primas, e vendê-las a cooperativas. Isso faz o Brasil ser o primeiro país do mundo em termos de reciclagem de alumínio, reaproveitando aproximadamente 95% de suas latas.
- os vendedores ambulantes no semáforo ou na praia, que propoem sorvetes, bebidas e diversas comidas, roupas, artesanato, guarda-sol/sombrinhas, balas, chicletes, etc.
- os vendedores de balas, chicletes, e cachorros quentes na porta das baladas.
- os pipoqueiros e camelôs.
- os lavadores de carro.
- os engraxates de sapatos.
- os vigias de carro na rua, que até podem ajudar a estacionar.
- os abanadores de bandeira sinalizantes nas estradas, que indicam que tem obras na frente.
- os vigias na saida de certos restaurantes, que controlam que cada cliente pagou sua conta.
- os homens-sandwich fazendo propaganda na rua ou anunciando promocões da loja da esquina.
- os empacotadores de compras no caixa de certos supermercados.

Na França, são funcões que não existem mais, ou porque claramente ninguém quer fazer, ou que a sociedade não necessita, ou que empresas oficiais/máquinas tomam conta.

Infelizmente, o Brasil não pode se desfazer desses empregos que ocupam uma parte importante da população que não tem qualificação profissional nem acesso a educação, e que vive na periferia das grandes cidades. Muitas vezes, são crianças, adolescentes e negros, e isso traz logicamente uma relação de causa a efeito entre trabalho infantil, pobreza e desigualdade social.

No Brasil, tem muita coisa para ser feita socialmente. Acredito que esse país só poderá ir a frente, principalmente porque tem as gerações novas viajando bastante pelo mundo, estudando no exterior, que voltam com olhar novo e vontade de melhorar seu próprio país. 

Brasil... pra frente!!!

Fontes: wikipedia.fr, banquemondiale.org, cartedumonde.fr, infoescola.com
Fotos: arquivos pessoais.

Obrigada a Roberta pela contribuição na releitura!




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